Sistema convencional e sistema endereçável: quais são as diferenças?

Você sabe quais são as principais diferenças entre o sistema convencional e o sistema endereçável em um sistema de alarme de incêndio? Você pode saber mais sobre “Central de Alarme de Incêndio”! 😊

É comum nos deparamos com dúvidas do tipo: “qual a melhor opção de sistema para cada ambiente na hora da instalação de centrais de incêndio? Ou ainda qual o indicado para cada local de acordo com o tamanho?” Além de não entendermos o funcionamento de cada sistema.

As centrais de alarme são diferenciadas pelo modo de operação e instalação, com isso, elas são classificadas como convencionais e endereçáveis.

Todo o processo de instalação, testes, manutenção e outras exigências de um sistema de detecção e alarme de incêndio devem estar em concordância com a NBR 17240 e, de acordo com essa norma, todo sistema completo deve ser composto por:

• Central de alarme
• Sinalizador audiovisual
• Acionador e detector de temperatura ou fumaça
• Acionadores manuais

Além dessa norma, existem outras portarias de órgãos normativos em conjunto com o Corpo de Bombeiros que podem ou não serem seguidas pela legislação de cada estado.

Nos dois tipos, sistema convencional e sistema endereçável, a central de alarme recebe o sinal da ocorrência de um dos dispositivos de entrada (detectores de chama, gás, fumaça e temperatura e acionadores manuais) e envia um sinal de alarme ou comado para os dispositivos de saída (sirenes e outros dispositivos).

A seguir listamos as principais diferenças entre os dois sistemas, para te ajudar a escolher o sistema ideal para o seu projeto.

Sistema Convencional

O sistema convencional, geralmente é utilizado e indicado em projetos de ambientes abertos e amplos. Esse sistema é composto por uma central de alarme de incêndio, detectores e/ou acionadores, cada um sendo responsável pela cobertura de uma determinada zona ou setor. É uma solução onde o monitoramento é delimitado por zonas ou setores, que não devem abranger grandes áreas, dificultando a localização exata do ponto da ocorrência.

Nesse modelo de sistema não é possível individualizar os acionamentos, então, existe limitações para realização de automações.

Exemplo de instalação: É possível instalar em um só laço 20 dispositivos, desde que estejam localizados no mesmo setor, pois se um deles entrar em alarme, a central informará apenas o laço que está sendo ativado, e o mesmo por sua vez pode ser endereçado como um setor.

Principais características:

• Não permite a localização exata do ponto de ocorrência de emergência.
• Indicado para ambiente amplos, como estacionamentos.
• Necessidade de manutenção periódica.
• Não detecta, de forma automática, falhas e defeitos nos dispositivos e cabos.
• Geralmente é um sistema de pouca tecnologia e baixo custo.
• Facilidade de instalação.
• É um sistema em conformidade com a norma NBR 17240.

 

Sistema Endereçável

As centrais de alarme endereçáveis, geralmente, são utilizadas em obras de médio e de grande porte.

No sistema endereçável cada dispositivo, detector e/ou acionador, recebe um número que é chamado de endereço. Com isso, é possível a identificação exata da ocorrência de uma emergência, além de informar qual o tipo de equipamento acionado, possibilitando uma ação rápida e eficiente na prevenção de incêndios.

Nesse tipo de sistema, os dispositivos instalados nas centrais devem possuir o mesmo tipo de comunicação, e dependendo do tipo de protocolo de comunicação que é utilizado, a central consegue “conversar” com cada dispositivo de maneira rápida e individual.

No caso do sistema endereçável, os detectores, as sirenes, os módulos e acionadores manuais são ligados diretamente no laço da central.

A principal vantagem desse sistema é que em um único laço (par de fios positivo e negativo), pode identificar, localizar e comandar até 250 dispositivos em diferentes locais da edificação. Outro ponto que diferencia o sistema endereçável do sistema convencional é que no sistema endereçável é possível o controle individual de cada dispositivo de saída.

Exemplo de instalação: Caso um detector de chama esteja instalado no 3º andar de um prédio e entre em alarme, é possível que apenas a sirene desse andar toque por um determinado tempo, e em seguida todas as sirenes entrem em alarme ao mesmo tempo.

Os sistemas endereçáveis são divididos em subcategorias, A e B, conforme podemos conferir abaixo:

 

Sistemas endereçáveis do tipo Classe A

Nessa categoria, cada circuito do dispositivo, possui uma fiação de retorno à central. Com isso, uma possível interrupção em qualquer ponto, não implicaria na paralisação parcial ou total de seu funcionamento.

Sistemas endereçáveis do tipo Classe B

Nessa categoria, não há fiação de retorno à central, sendo possível a ramificação. Com isso, uma possível interrupção em qualquer ponto, implicaria na paralisação parcial ou total de seu funcionamento. Nessa instalação o principal diferencial é a redução de cabos, gerando economia.

Principais características:

• Permite a localização exata do ponto da ocorrência de emergência.
• Indicado para ambientes maiores.
• Detecta falhas e defeitos nos dispositivos e cabos.
• É um sistema em conformidade com a norma NBR 17240.

 

É importante frisar que, nos dois tipos de sistemas convencional ou endereçável, é importante manter a manutenção em dia, conforme exige a NBR 17240.

A diferença entre os dois sistemas, é que em locais sem a necessidade de individualizar os alarmes e uma instalação com menos pontos e mais simples, geralmente utiliza-se o sistema de detecção e alarme convencional. Já em instalações maiores e complexas, com a necessidade de vários pontos, o ideal é que seja o sistema de detecção e alarme endereçável, pois com apenas um par de fios é possível interligar, endereçar e comandar diversos elementos do sistema.

Conta pra gente, qual sistema de detecção e alarme de incêndio você acha melhor ou costuma utilizar em seus projetos? 😊

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